Intoxicação por metanol: Ministério da Saúde identifica três possíveis produtores do Fomepizol
Substância é utilizada como antídoto para a intoxicação. No entanto, é de difícil obtenção

Foto: Rafa Neddermeyer/Agência Brasil
A secretária de Vigilância em Saúde e Ambiente do Ministério da Saúde, Mariângela Batista Galvão Simão, afirmou nesta sexta-feira (3) que o governo identificou três possíveis produtores do Fomepizol, uma das alternativas utilizadas como antídoto para a intoxicação por metanol. A declaração foi realizada em entrevista ao Estúdio i, da GloboNews.
Segundo Mariângela, dos três produtores identificados, dois são dos Estados Unidos e um da Índia.
"A gente já oficiou para esse produtor na Índia e dois nos Estados Unidos. Então, do mundo inteiro, é isso que tem hoje. O Ministério está tomando as providências, porque nós queremos ter esse antídoto também no Brasil. Ainda não está disponível no mundo, mas a gente quer que fabriquem e nós vamos comprar", afirmou a secretária.
De acordo com Mariângela, o Fomepizol, mais indicado do que o etanol farmacêutico para casos de intoxicação por metanol, é considerado uma "droga órfã", ou seja, de difícil obtenção.
Até a tarde de quinta-feira (02), o Brasil havia registrado 59 notificações relacionadas à intoxicação por metanol. Além disso, o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, anunciou a compra emergencial de 150 mil ampolas de etanol farmacêutico.
Na manhã desta sexta-feira, a Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (Sesab) e a Secretaria Municipal de Saúde de Feira de Santana informaram que foi registrado o primeiro caso suspeito de intoxicação por metanol no estado.
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