Investigação aponta que exames médicos de 45 milhões de pacientes estavam expostos na internet
Dados pessoais também estavam a disposição de qualquer pessoa
Foto: Agência Brasil
Uma investigação de seis meses encontrou mais de 45 milhões de arquivos de exames médicos, incluindo radiografias e tomografias computadorizadas, em servidores desprotegidos e acessíveis a qualquer pessoa. A investigação, realizada pela equipe de pesquisa da CybelAngel, em sistemas NAS (Network-Attached Storage) e no protocolo DICOM (Digital Imaging and Communications in Medicine), revelou milhões de imagens exclusivas armazenadas em mais de 2.140 servidores desprotegidos e localizados em 67 países.
Segundo a investigação, algumas imagens incluíam dezenas de linhas de metadados por registro com informações de identificação pessoal (PII), como nomes, datas de nascimento, endereços e informações pessoais de saúde, indicando a altura, o peso e até o diagnóstico do paciente.
A existência de bancos de dados mal configurados e expostos à Internet beneficia os criminosos que, com o conjunto de todos os dados, podem criar um retrato abrangente de seus alvos. Além disso, os agentes maliciosos também podem vender os dados na dark web. “Esta é uma descoberta preocupante e demonstra a importância de processos de segurança mais rígidos para proteger a forma como profissionais de saúde compartilham e armazenam dados médicos confidenciais. Um equilíbrio entre segurança e acessibilidade é fundamental para evitar que vazamentos se tornem uma grande brecha de dados”, explica o analista sênior de cibersegurança da CybelAngel, David Sygula.