Investigação da Abin Paralela aponta que familiares de Jean Wyllys foram alvo de espionagem
Celular do ex-deputado também era um dos objetivos do monitoramento
Foto: Agência Brasil
As investigações da Polícia Federal sobre o caso da “Abin Paralela”, que apuram o uso da estrutura da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) para realizar espionagens ilegais no decorrer do governo de Jair Bolsonaro (PL), apontam que, entre os diversos alvos do monitoramento, estavam o ex-deputado federal baiano Jean Wyllys e os seus familiares.
“Os investigados empregaram todos os esforços inclusive com a realização de ações clandestinas em relação aos parentes do monitorado [Jean Wyllys]”, apontou o relatório da PF.
Em mais de uma conversa, os membros da organização conversam sobre como identificar o celular usado pelo ex-deputado, que durante o período estava nos Estados Unidos, dando aulas na Universidade de Harvard.
“Fala amigão. Eles são muito ariscos. Trocam o chip a todo instante. Mas consegui um número que o Jean usou para baixar o Telegram”, escreveu um dos interlocutores, em uma das conversas de WhatsApp obtidas pela PF.
Na quinta-feira (11), a PF deflagrou uma nova fase da operação que investiga o monitoramento de autoridades de forma ilegal e a produção de notícias falsas através de sistemas da Abin contra adversários políticos do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Até o momento, agentes cumpriram cinco mandados de prisão preventiva e sete de busca e apreensão.