Investigação denuncia empresário por sonegação e fraudes em combustíveis
As atividades ilegais causam um prejuízo anual de R$ 30 bilhões ao setor
Foto: Marcello Casal Jr./Agência Brasil
Organizações criminosas estão sendo investigadas por sonegação de impostos e adulteração de bombas de combustíveis em diversos estados do Brasil. De acordo com a Fundação Getúlio Vargas, essas atividades ilegais causam um prejuízo anual de R$ 30 bilhões ao setor. A informação foi divulgada pelo portal G1.
Um empresário do setor de combustíveis, Mohamad Hussein Mourad, foi denunciado pelo Ministério Público de São Paulo em junho deste ano. Mourad é acusado de controlar mais de 50 postos de combustíveis e diversas outras empresas por meio de "laranjas". Em 2018, ele já enfrentava acusações de falsidade ideológica e fraude em bombas de combustível.
Além de Mourad, sua companheira Silvana Correa e outro empresário foram acusados pela Justiça de Guarulhos de lavagem de dinheiro. Somente Silvana movimentou mais de R$ 210 milhões em seis anos, com os recursos das fraudes sendo transferidos para contas ligadas a Mourad.
As investigações policiais revelaram que, em 2020, Mourad adquiriu as empresas Copape e Aster Petróleo por R$ 52 milhões. A Copape, produtora de gasolina, importava nafta por Tocantins, beneficiando-se de um imposto de importação muito menor que o de São Paulo.
A Secretaria da Fazenda de São Paulo multou a Copape por irregularidades fiscais, com penalidades que superam R$ 2 bilhões. Já a Aster teve sua licença de operação revogada pela Agência Nacional do Petróleo (ANP).
A defesa de Silvana Correa afirmou que todas as suas operações financeiras são legítimas, enquanto a defesa de Mourad classificou as acusações como infundadas. A Terra Nova Trading, também mencionada na investigação, negou qualquer vínculo com atividades criminosas e destacou seu histórico de 30 anos de conformidade legal.