Investigações que apuram fake news no Supremo e TSE podem afetar chapa que elegeu Bolsonaro e Mourão
Ministro do TSE decidiu pelo compartilhamento das provas do inquérito das fake news
Foto: Reprodução
O ministro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Og Fernandes, decidiu compartilhar as provas do inquérito das fake news, que está do Supremo Tribunal Federal (STF), para as ações que estão no TSE em relação à cassação da chapa presidencial. A ação pode fazer com que o presidente Jair Bolsonaro e o vice-presidente Hamilton Mourão percam os mandatos.
No TSE, há oito Ações de Investigação Judicial Eleitoral (Aijes) sobre a chapa que foi eleita em 2018. Quatro delas apuram irregularidades nos disparos de mensagens em massa pelo aplicativo de mensagens WhatsApp. Duas delas já foram julgadas, mas o processo foi suspenso após o ministro Alexandre de Moraes, relator do inquérito das fake news, solicitar vistas do processo.
Além das provas que já existem no inquérito das fake news, que está sob sigilo e apura ameaças, ofensas e informações falsas contra os integrantes da Corte, Moraes determinou no último dia 26 a quebra de sigilo bancário e fiscal de julho de 2018 a abril deste ano de quatro empresários apoiadores de Bolsonaro, dentre eles o dono das lojas Havan, Luciano Hang. Pela datas, eventuais ilegalidades durante o período eleitoral poderão ser observadas.
As ações visam buscar provas de que a chapa teria sido beneficiada com as ações ilícitas, como o disparo de informações falsas, e também provar a participação direta ou indireta do presidente e vice-presidente, ou ao menos de que estiveram cientes dos ocorridos. E, após isso, analisar o impacto disso sobre a legitimidade das eleições.