Investigar é preciso

Por Editorial
Ás

Investigar é preciso

Foto: Valter Campanato

As acusações levantadas pela polêmica reportagem do The Intercept carecem de checagem, uma apuração imparcial que a mídia escancarada de esquerda fez apenas em benefício próprio: minar a Operação Lava Jato e a credibilidade do Judiciário brasileiro além de, devido ao tom da narrativa, destroçar a imagem do hoje ministro Sergio Moro e do procurador do Ministério Público Federal (MPF), Deltan Dallagnol.

Muito barulho foi produzido na segunda-feira (10), dia após a provocativa matéria sobre supostos áudios grampeados, quase num movimento sincronizado de denúncia, exposição midiática e esdrúxulos – com contornos pueris – pedidos de afastamento de Moro e cancelamento de prisões e ordens expedidas pelo então juiz da Lava Jato. O alerta é alto e claro: investigar é preciso.

O escárnio de tudo isso é colocar o país à diante de uma evidente ação hacker criminosa e, mesmo assim, oposição e suas entidades cooptadas ou simpáticas à causa das obstruções ainda insistirem que o crime está num conteúdo nem mesmo confirmado se, de fato, é verdadeiro. Obviamente, não é a oposição quem pode apontar uma suposta irregularidade no teor e andamento das conversas, ou, pior, anular sentença. Afinal, como garantem juristas, existe uma tradição firmada pelo Supremo de que provas ilícitas não podem ser utilizadas para mudar decisões.

Apesar do barulho, tudo é ainda hipotético e hiperbólico. Requer um aprofundamento jurídico e policial no caso, principalmente referente ao movimento hacker e quem, quando e por que fora designado para executar este ataque à privacidade. E falta muito para se chegar a um veredicto, falta contundência nas supostas mensagens entre Moro e os integrantes do MPF do Paraná, para se decretar um concluo, como já sugerem. Antes de qualquer conclusão, a prudência reside numa investigação séria.

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