Investimento Direto no País tem pior 1º semestre desde 2021, aponta Banco Central
Entrada líquida de recursos somou US$ 33,8 bilhões durante o primeiro semestre, uma queda de 10,7% em relação ao mesmo período de 2024

Foto: Marcello Casal jr/Agência Brasil
O Banco Central revelou, nesta sexta-feira (25), que o saldo do Investimento Direto no País (IDP) no 1° semestre de 2025 apresentou a menor entrada líquida de recurso desde 2021.
De janeiro a junho deste ano, os investimentos diretos no país totalizaram ingressos líquidos de US$ 33,8 bilhões, o que representa uma queda de 10,7% em comparação ao mesmo período de 2024.
Confira a trajetória:
1° semestre de 2021: US$ 26,8 bilhões;
1° semestre de 2022: US$ 38 bilhões;
1° semestre de 2023: US$ 35,3 bilhões;
1° semestre de 2024: US$ 37,8 bilhões;
1° semestre de 2025: US$ 33,8 bilhões.
Somente no mês de junho, o IDP totalizou ingressos líquidos de US$ 2,8 bilhões, uma queda de US$ 3,5 bilhões em comparação ao mesmo período de 2024.
Junho de 2025: US$ 2,8 bilhões;
Junho de 2024: US$ 6,3 bilhões;
Junho de 2023: US$ 2,4 bilhões;
Junho de 2022: US$ 3,3 bilhões.
A composição do resultado mostra que os ingressos líquidos em participação no capital somaram US$ 6,4 bilhões. Desses, US$ 4 bilhões referem-se à participação no capital, excluídos os lucros reinvestidos, e US$ 2,4 bilhões correspondem a lucros reinvestidos. Por outro lado, as operações intercompanhia registraram saídas líquidas de US$ 3,6 bilhões.
Nos últimos 12 meses, o IDP totalizou US$ 67 bilhões, o equivalente a 3,14% do Produto Interno Bruto (PIB).
O IDP contempla os fluxos financeiros de passivos emitidos por residentes no Brasil a credores não residentes, desde que haja entre as partes uma relação de controle ou influência significativa.