Investimentos entre Brasil e EUA deve ter como foco agenda ambiental
Investimentos ligados à sustentabilidade devem nortear as relações econômicas dos dois países
Foto: Ricardo Stuckert | Adam Schultz/Casa Branca
Em um comunicado assinado em conjunto pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, no começo de fevereiro, o líder americano informou o interesse em colaborar financeiramente com o Fundo Amazônia, em um valor estimado em US$ 50 milhões (R$ 262 milhões). Informações são do blog da Julia Duailibi.
Mas esse não deve ser o único aporte do tipo. As expectativas de especialistas ligados ao setor de sustentabilidade são de que a agenda ambiental deve nortear diversos investimentos feitos pela maior economia do mundo no Brasil nos próximos anos de governo.
o assessor especial do governo Joe Biden para o clima, John Kerry, chega a Brasília neste domingo (26) para cumprir uma série de compromissos com autoridades brasileiras. De acordo com a embaixada dos Estados Unidos no Brasil, a visita de John Kerry tem como objetivo discutir dois assuntos centrais: questões climáticas e combate ao desmatamento.
Relações econômicas entre os países
Uma pesquisa da Amcham Brasil aponta que o comércio entre Brasil e Estados Unidos cresceu 25,8% no ano passado, atingindo a marca de US$ 88,7 bilhões (cerca de R$ 464 bilhões).
Em 2023, a tendência é que os negócios entre os dois países permaneçam estáveis, com valores próximos aos observados em 2022. Não fosse a perspectiva de um crescimento econômico mais fraco em todo o mundo, essa relação comercial poderia bater novos recordes neste ano, afirma a entidade.
A pesquisa ainda apontou os setores que mais devem contribuir positivamente para a manutenção dos negócios entre Brasil e Estados Unidos: as iniciativas conjuntas nas áreas de meio ambiente e, em menor escala, as cadeias de suprimento, uma vez que o mundo ainda sofre com problemas de oferta trazidos pela pandemia e pela guerra entre Rússia e Ucrânia.
Segundo a Amcham, "os esforços para a migração para uma economia de baixo carbono tendem a incentivar o comércio de bens e investimentos mais sustentáveis" entre os dois países.