IPCA-15 da Região Metropolitana de Salvador aumenta em agosto e registra 2ª maior alta do país
Alta foi impulsionada pelos preços dos combustíveis, especialmente a gasolina
Foto: Ravena Rosa/Agência Brasil
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), medido pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), e divulgado nesta sexta-feira (25), apresentou um aumento de 0,50% na Região Metropolitana de Salvador (RMS), no mês de agosto, revertendo a tendência de deflação registrada nos dois meses anteriores (-0,02% em junho e -0,20% em julho).
Esta alta nos preços na RMS é a segunda maior observada no país, ficando atrás apenas da inflação registrada na Região Metropolitana de Fortaleza, no Ceará, que atingiu 0,73%. A média nacional ficou em 0,28%, sendo que somente a Região Metropolitana de Belo Horizonte apresentou deflação dentre as 11 áreas analisadas individualmente pelo IBGE.
O IPCA-15 é uma prévia da inflação oficial do mês, e reflete os preços coletados entre 14 de julho e 14 de agosto de 2023.
No acumulado de janeiro a agosto de 2023, o IPCA-15 da RMS registra uma variação de 3,51%, superando o índice nacional de 3,38% e posicionando-se como o 6º mais elevado entre as 11 áreas pesquisadas.
Considerando os últimos 12 meses até agosto, o IPCA-15 da RMS acumula um aumento de 4,38%, também superior ao índice nacional de 4,24%, colocando-se como o 5º maior índice do país.
Aumento de preços em produtos e serviços
A prévia da inflação em agosto na RMS (0,50%) foi influenciada por aumentos nos preços de seis dos nove grupos de produtos e serviços que compõem o índice. O setor de transportes foi o que registrou maior aumento (1,80%) e teve o maior impacto no aumento geral do índice.
Os preços dos combustíveis, especialmente a gasolina (8,49%), foram os principais responsáveis por essa alta. A gasolina teve seu maior aumento mensal desde novembro de 2021 e contribuiu significativamente para o aumento geral do IPCA-15. Em contrapartida, houve uma forte queda no valor das passagens aéreas (-20,96%), que exerceu a maior influência para conter a inflação na RMS em agosto.
O grupo de saúde e cuidados pessoais (1,08%) teve a segunda maior alta e a segunda maior influência no aumento do índice regional, impulsionado pelo aumento nos preços de produtos de higiene pessoal (1,70%), especialmente produtos para a pele (12,10%).
O grupo habitação (0,86%) também apresentou um aumento significativo, principalmente devido à elevação nos preços da energia elétrica residencial (3,50%). Por outro lado, o preço do gás de botijão registrou uma queda relevante de -1,50%.
Dentre os três grupos que registraram deflação na RMS em agosto, o de alimentação e bebidas (-0,84%) apresentou a maior queda de preços e foi o principal fator para conter a inflação na região. Itens como carnes (-2,05%), leite e derivados (-2,22%) e produtos de panificação (-2,18%) tiveram quedas significativas nos preços.
Os grupos de comunicação (-0,27%) e artigos de residência (-0,22%) também tiveram queda nos preços, influenciados, respectivamente, pela redução nos preços de aparelhos telefônicos (-1,73%) e computadores pessoais (-2,74%).