Na Bahia, 9 em cada 10 pessoas viviam com algum grau de vulnerabilidade entre 2008 e 2018
Estado registrou 9º maior recuo no índice entre os 27 estados
Foto: Marcello Casal/Agência Brasil
Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgados nesta sexta-feira (25), revelam que, entre 2008 e 2018, a proporção de pessoas com algum grau de vulnerabilidade ou pobreza, assim como os índices de Vulnerabilidade e Pobreza Multidimensional Não Monetários, tiveram quedas significativas no Brasil e em todos os estados. Na Bahia, em 2008, 9 em cada 10 pessoas viviam com algum grau de vulnerabilidade (94,4% da população), proporção que recuou para 8 em cada 10 (79,9%) dez anos depois.
Durante o período, o Índice de Vulnerabilidade Multidimensional Não Monetário (IVM-NM) no estado caiu pela metade, passando de 22,9 para 11,3. No Brasil como um todo, o percentual de pessoas em algum grau de vulnerabilidade diminuiu de 81,7% em 2008 para 63,8% em 2018, uma redução mais acentuada do que a observada na Bahia. Ao longo da década, o IVM-NM diminuiu quase pela metade, de 14,5 para 7,7.
O levantamento mostra ainda que a Bahia registrou o 9º maior recuo no Índice de vulnerabilidade entre os 27 estados. Santa Catarina obteve a maior redução (de 7,7 para 2,6, ou -65,8%), seguida por Roraima (de 24,0 para 8,4, ou -64,9%) e Paraná (de 8,8 para 3,8, ou -57,2%). No entanto, mesmo com esses avanços, em 2018, a população baiana ainda ocupava a 11ª posição no Índice de Vulnerabilidade no país (em relação ao 7º lugar em 2008).
Em termos de proporção de pessoas com algum grau de vulnerabilidade (79,9%), a Bahia ficou na 13ª posição em 2018 (contra a 10ª maior em 2008). No ano de 2018, os estados do Maranhão, Pará e Acre apresentaram, respectivamente, os maiores percentuais de pessoas com alguma vulnerabilidade, acompanhados pelos Índices de Vulnerabilidade mais elevados. Por outro lado, Santa Catarina, Paraná e São Paulo exibiram os menores percentuais e os índices mais baixos.
A redução da pobreza não monetária na Bahia foi ainda mais expressiva do que a da vulnerabilidade. Durante o intervalo entre 2008 e 2018, a proporção de pessoas com algum grau de pobreza no estado diminuiu pela metade, passando de 70,5% para 34,6%.