IPCA-15: prévia da inflação na RM de Salvador desacelera e fica em 0,25% em junho
O resultado é o 3º menor índice entre as 11 áreas pesquisadas pelo IBGE
Foto: Marcello Casal Jr./Agência Brasil
Em junho, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), que funciona como uma prévia da inflação oficial do mês, apresentou variação de 0,25% na Região Metropolitana de Salvador (RMS), refletindo os preços coletados entre 16 de maio e 14 de junho. A divulgação foi feita nesta quarta-feira (26) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Comparado ao mês anterior, houve uma desaceleração significativa na RMS, onde em maio o IPCA-15 havia sido de 0,87%. Em contrapartida, junho de 2024 apresentou um cenário positivo em relação ao mesmo período do ano anterior, que registrou uma leve deflação de -0,02%.
O resultado de junho coloca o IPCA-15 da RMS abaixo da média nacional (0,39%) e posiciona-o como o terceiro mais baixo entre os 11 locais pesquisados separadamente, superando apenas Brasília/DF (0,24%) e RM Belém/PA (0,16%).
Por outro lado, as maiores variações positivas foram observadas nas Regiões Metropolitanas de Belo Horizonte/MG (0,68%), Fortaleza/CE (0,48%) e Curitiba/PR (0,43%).
No acumulado do primeiro semestre de 2024, o IPCA-15 da RMS acumula alta de 2,95%, superior à média nacional de 2,52%, e é o segundo mais alto entre os locais pesquisados, ficando abaixo apenas de Belo Horizonte/MG (3,79%).
Em relação aos últimos 12 meses até junho, o IPCA-15 na RMS está em 3,98%, o que o coloca como o quinto mais elevado, empatado com São Paulo/SP (3,98%), mas abaixo da média nacional de 4,06%.
A prévia da inflação de junho na RMS foi impulsionada principalmente pelo aumento nos preços dos alimentos (0,93%), com destaque para a batata-inglesa, que teve um aumento expressivo de 39,82%.
O IPCA-15 de junho na RMS reflete aumentos nos preços de sete dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados, sendo o grupo alimentação e bebidas (0,93%) o principal responsável pela pressão inflacionária, especialmente devido aos alimentos consumidos em domicílio (0,99%).
Além da batata-inglesa, que teve o maior aumento de preço no mês, produtos como leites e derivados (2,78%), como o leite longa vida (6,16%), também contribuíram significativamente para a alta do IPCA-15.
Entre os produtos que mais aumentaram em junho na RMS, sete foram alimentos, incluindo a melancia (20,08%) e a manga (14,74%), enquanto a banana-prata (-5,78%), o coentro (-9,84%) e produtos panificados, como biscoitos (-2,61%), ajudaram a conter o aumento dos alimentos.
O grupo saúde e cuidados pessoais (0,44%) teve o terceiro maior aumento e foi o segundo mais influente na alta do IPCA-15 de junho na RMS, com destaque para os medicamentos (0,87%).
Dois grupos registraram deflação em junho na RMS: transportes (-0,41%) e artigos de residência (-0,40%). A deflação nos transportes foi impulsionada pela queda nos preços dos combustíveis (-2,21%), especialmente da gasolina (-2,27%), enquanto a passagem aérea teve uma redução significativa de -9,81%.
Os artigos de residência registraram deflação devido à diminuição nos preços de itens de mobiliário, como móveis para copa e cozinha (-2,05%), e artigos de cama, mesa e banho, como roupa de cama (-2,99%).