IPCA-15: prévia da inflação sobe 0,99% em fevereiro, maior nível para o mês desde 2016
Os dados foram divulgados nesta quarta-feira (23) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística)
Foto: Reprodução/R7
O IPCA-15 (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15), considerado a “prévia da inflação” oficial, subiu 0,99% em fevereiro, após ter avançado 0,58% em janeiro, informou na manhã desta quarta-feira (23) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Essa é a maior variação para o mês desde 2016.
Os analistas do mercado financeiro consultados pelo Projeções Broadcast esperavam uma alta de 0,53% a 0,96%, com mediana positiva de 0,87%. Com o resultado, que ficou acima do teto, o IPCA-15 acumulou um aumento de 1 58% no ano.
Segundo o IBGE, a taxa em 12 meses ficou em 10,76%, também acima do teto das projeções, que iam de avanço de 10,26% a 10,73%, com mediana de 10,63%.
Oito dos nove grupos pesquisados tiveram alta em fevereiro, com exceção de Saúde e cuidados pessoais, nas quais os preços recuaram 0,02%, após a alta de 0,93% em janeiro.
Com o movimento de volta às aulas, o maior impacto do índice veio do grupo Educação (0,32 p.p.), que também teve a maior variação positiva 5,64%.
Em seguida, vieram Alimentação e bebidas (1,20% e 0,25 p.p.), que acelerou na comparação com o mês anterior (0,97%), e Transportes, que subiu 0,87% após queda de 0,41% em janeiro e contribuiu com 0,19 p.p. em fevereiro, informou o IBGE. Os demais grupos ficaram entre 0,15% de Habitação e 1,94% de Artigos de residência.
Já o grupo Transportes registrou alta de 0,87% em fevereiro. Os combustíveis ficaram estáveis em fevereiro (0,00%): enquanto o óleo diesel (3,78%) e a gasolina (0,15%) subiram, etanol (-1,98%) e gás veicular (-0,36%) registraram queda.
Entre os estados brasileiros, São Paulo registrou a maior alta (1,20%), “influenciada pelas altas dos cursos regulares (6,39%) e dos automóveis novos (2,24%)”, diz o IBGE. Apenas Porto Alegre teve queda no índice (-0,11%), onde energia elétrica teve recuo de 7,05% e a gasolina, de 4,89%.