IPCA: Inflação de novembro é pressionada por alta nos preços dos alimentos e habitação
No acumulado de 12 meses, até novembro, a inflação oficial do país ficou em 4,68%. No ano, a inflação acumulada é de 4,04%
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O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação oficial do país, ficou em 0,28% no mês de novembro. Os números foram divulgados nesta terça-feira (12), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O resultado, que revela uma aceleração em relação ao mês de outubro, quando a inflação registrada foi de 0,24%, chega em linha com as estimativas dos analistas. O consenso Refinitiv, que reúne as principais projeções do mercado, previa inflação mensal de 0,3% e, no acumulado de 12 meses, um índice de 4,7%.
Segundo o IBGE, a segmentação de alimentação e bebidas puxaram o índice em novembro (0,63%). Os grupos habitação (0,48%) e transportes (0,27%) também avançaram. Os demais grupos ficaram entre -0,5% de comunicação e 0,58% de despesas pessoais.
Em novembro, os preços dos alimentos em casa aumentaram 0,75%, impulsionados pelos aumentos da cebola (26,59%), batata-inglesa (8,83%), arroz (3,63%) e carnes (1,37%). Entre as quedas notáveis, destacam-se o tomate (-6,69%), a cenoura (-5,66%) e o leite longa vida (-0,58%). Os preços dos alimentos fora de casa (0,32%) desaceleraram em relação ao mês anterior (0,42%).
Já no grupo habitação, que avançou 0,48%, os preços da energia elétrica residencial (1,07%) subiram, principalmente por causa de reajustes em Goiânia, Brasília, São Paulo e Porto Alegre.
No segmento de transportes (0,27%), por sua vez, o resultado foi influenciado pelo aumento nos preços das passagens aéreas, que avançaram 19,12%.
Números no ano
No segundo semestre, em junho, ocorreu uma redução nos preços, com o IPCA registrando uma deflação de 0,08%. A deflação é caracterizada pela queda geral e contínua dos preços de produtos e serviços.
Já no acumulado de 12 meses, até novembro, a inflação oficial do país ficou em 4,68%. No ano, a inflação acumulada é de 4,04%.
Meta
De acordo com o Conselho Monetário Nacional (CMN), a meta de inflação para este ano é de 3,25%. Com uma margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo, a meta será considerada cumprida se a inflação ficar entre 1,75% e 4,75%.
Conforme o Relatório Focus mais recente do Banco Central (BC), o mercado prevê que a inflação encerre 2023 em 4,51%, abaixo do limite máximo da meta estabelecida pelo CMN.