Ipea: 1,6 milhão de pessoas vivem longe de centros de saúde equipados
Cerca de 230 mil brasileiros levariam mais de 30 minutos para chegar a um hospital, em casos de emergência
Foto: Agência Brasil
Um estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) divulgado nesta quarta-feira (22), revelou que 1,6 milhão de pessoas de baixa renda moram a uma distância maior do que 5 quilômetros de uma unidade de atendimento do Sistema Único de Saúde (SUS), que tem capacidade de receber pacientes que desenvolvam síndrome respiratória aguda grave (SRAG) , causada pela Covid-19.
Segundo a pesquisa, essa parcela da população está na faixa acima de 50 anos e pertence ao grupo dos 50% mais pobres. No total, o número corresponde a 41% da população vulnerável em grandes centros urbanos.
A pesquisa, que foi realizada nas 20 maiores cidades do Brasil, mostra ainda que há cerca de 230 mil brasileiros que levariam mais de 30 minutos para chegar a um hospital em casos de emergência. Nesse caso, essa parcela da população teria dificuldade de acessar uma unidade de saúde capaz de fazer triagem ou encaminhar casos graves de Covid-19, doença causada pelo novo coronavírus, para internação.
Segundo o técnico de planejamento e pesquisador da Diretoria de Estudos e Políticas Regionais, Urbanas e Ambientais (Dirur) do Ipea, Rafael Pereira, que coordenou o estudo, essas duas análises fornecem dicas que podem ser úteis às prefeituras, já que apontam no mapa os bairros dessas cidades onde as pessoas têm maior dificuldade de acessar o SUS.