Economia

Ipea aponta crescimento do PIB e inflação menor para o Brasil

Instituto revisou previsões econômicas

Por Da Redação
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Ipea aponta crescimento do PIB e inflação menor para o Brasil

Foto: Marcello Casal Jr./Agência Brasil

O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) divulgou hoje (5) a Visão Geral da Conjuntura, atualizando suas previsões econômicas para o Brasil com base nos avanços observados nos três primeiros meses do ano. Segundo o relatório, o Ipea espera agora um crescimento econômico maior e uma inflação menor do que o previsto anteriormente para 2023.

A nova previsão do instituto é de um crescimento de 2,2% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro em 2023. Anteriormente, a previsão era de um crescimento de 1,4%. Quanto à inflação, a Diretoria de Estudos e Políticas Macroeconômicas (Dimac) do Ipea revisou a previsão do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de 5,6% para 5,1% em 2023.

Essa revisão do PIB para 2023 ocorreu devido ao crescimento acima das expectativas nos primeiros três meses do ano. O Ipea previa um crescimento de 1,2% em relação ao trimestre anterior e de 2,7% em comparação com o mesmo período de 2022, mas os números reais foram de 1,9% e 4%, respectivamente.

A redução da inflação prevista ocorre devido à valorização do real brasileiro e à queda nos preços das commodities, o que pressiona para baixo os preços no atacado e induz a um cenário de desinflação no varejo e nos preços ao consumidor. O Ipea prevê estabilidade nos preços para o restante do ano.

O relatório também destaca alguns fatores que contribuem para esse cenário, como o aumento da demanda por commodities brasileiras, impulsionada pela reabertura econômica da China. O Brasil registrou recordes de superávit mensal na balança comercial este ano, impulsionados pelo aumento das exportações de petróleo, minério de ferro, milho e soja.

No âmbito interno, o Ipea identifica duas forças opostas que influenciam o crescimento econômico. Por um lado, a manutenção prolongada de altas taxas de juros pelo Banco Central, que pressiona o crescimento para baixo. Por outro lado, as medidas fiscais que sustentam a renda das famílias e o aumento da demanda pública, tanto no consumo do governo como nos investimentos públicos, impulsionam o crescimento econômico. O relatório pode ser acessado na íntegra na internet.

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