Irã e Rússia planejam influenciar eleição americana, alertam autoridades dos EUA
Autoridades também apontam que Irã enviou e-mails ameaçadores aos leitores
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O Diretor de Inteligência Nacional dos Estados Unidos, John Ratcliffe, afirmou ontem (21) que a Rússia e o Irã estão tentando influenciar nas eleições presidenciais americanas. Ratcliffe apontou que o Irã está por trás do envio de e-mails falsos e ameaçadores a eleitores.
Ainda segundo o diretor, a inteligência americana conseguiu determinar que os dois países tiveram separadamente algumas informações de registro de eleitores.
"Esses dados podem ser usados ??por atores estrangeiros para tentar transmitir informações falsas aos eleitores registrados, que eles esperam que causem confusão, caos, e minem sua confiança na democracia americana", disse o diretor em entrevista coletiva.
E-mails ameaçadores
Autoridades americanas haviam anunciado sobre a investigação de e-mails ameaçadores que supostamente foram enviados de fora dos EUA para eleitores democratas registrados. Esses e-mails eram escritos como se fossem de um membro do grupo supremacista Proud Boys, mas a organização negou.
"Estamos de posse de todas as suas informações. Você está registrado como um democrata e sabemos disso porque obtivemos acesso a toda a infraestrutura de votação. Você votará em Trump no dia da eleição ou iremos atrás de você", diz uma das mensagens.
O republicano Marco Rubio e o democrata Mark Warner divulgaram um comunicado conjunto alertando sobre a interferência na eleição.
"Avaliamos que o Irã busca minar as instituições democráticas dos EUA, o presidente Trump, e dividir o país antes das eleições de 2020...A motivação de Teerã para conduzir tais atividades é, em parte, impulsionada pela percepção de que a reeleição do presidente Trump resultaria na continuação da pressão dos EUA sobre o Irã em um esforço para fomentar a mudança de regime", diz um trecho.
E acrescentam que "a Rússia está usando uma série de medidas para denegrir o ex-vice-presidente Biden...Isso é consistente com as críticas públicas de Moscou a ele quando era vice-presidente, por seu papel nas políticas do governo Obama para a Ucrânia e seu apoio à oposição anti-Putin dentro da Rússia ... Alguns atores ligados ao Kremlin também buscam impulsionar a candidatura do presidente Trump nas redes sociais e na televisão russa".