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“Profunda falha moral”: Israel critica decisão do Brasil de acionar o país na ONU

Ação acusa governo israelenses de promover genocídio na Faixa da Gaza

Por Da Redação
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Atualizado
“Profunda falha moral”: Israel critica decisão do Brasil de acionar o país na ONU

Foto: Reprodução

O Ministério das Relações Exteriores de Israel afirmou nesta quinta-feira (24), em publicação em uma rede social, que a decisão do governo brasileiro de aderir a uma ação na Corte Internacional de Justiça (CIJ) contra Israel demonstra uma “profunda falha moral” e é “imprudente e vergonhosa”.

O posicionamento foi divulgado um dia após o Itamaraty informar que o Brasil apresentará uma intervenção na ação movida pela África do Sul, que acusa o governo de Benjamin Netanyahu de descumprir a Convenção para a Prevenção e Repressão do Crime de Genocídio. A convenção define genocídio como qualquer ato praticado com a intenção de destruir, total ou parcialmente, um grupo nacional, étnico, racial ou religioso.

“A decisão do Brasil de se juntar à ofensiva jurídica contra Israel na CIJ [...] é uma demonstração de uma profunda falha moral”, declarou o governo de Israel. Em seguida, acrescentou: “Num tempo em que Israel luta por sua própria existência, voltar-se contra o Estado judeu e abandonar o consenso global contra o antissemitismo é imprudente e vergonhoso.”

Em nota separada, a embaixada de Israel em Brasília também afirmou que não existe genocídio em Gaza e que, ao aderir à ação da África do Sul, o governo brasileiro desconsidera os ataques do grupo Hamas.

Decisão brasileira
Ao anunciar a intervenção, o Itamaraty declarou que a comunidade internacional “não pode permanecer inerte diante das atrocidades em curso” em Gaza. A nota citou episódios de violência contra civis palestinos, ataques a instalações da ONU, ações de colonos extremistas e “utilização despudorada da fome como arma de guerra”.

O governo brasileiro tem reiterado, em declarações do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e do ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, que está em curso um “genocídio” e uma “carnificina” na Faixa de Gaza, atribuindo responsabilidade ao governo israelense.

Desde o início do conflito, em outubro de 2023, o Brasil defende um cessar-fogo permanente, a retirada completa das tropas israelenses de Gaza e a entrada contínua de ajuda humanitária. O governo também tem questionado a legalidade das ações militares conduzidas por Israel e comparado a atuação de militares israelenses à de “colonos”.

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