Itália restringe nacionalidade por direito de sangue a duas gerações
No Brasil, 14 mil pessoas obtiveram a nacionalidade em 2022 e 20 mil em 2024

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O governo italiano restringiu as condições de naturalização por direito de sangue a duas gerações, tornando preciso ser filho ou neto de cidadãos nascidos no país para solicitar a nacionalidade. A decisão foi anunciada na sexta-feira (28).
Segundo o ministro das Relações Exteriores da Itália, Antonio Tajani, o sistema estava sendo abusado, com “possíveis italianos” lotando consulados no exterior para solicitações de passaportes. “A nacionalidade deve ser uma coisa séria. Não é um jogo obter um passaporte que permita fazer compras em Miami", disse.
Até então, era suficiente ter um bisavô ou tataravô, de acordo com a reforma da lei “ius sanguinis” aprovada pelo Conselho de Ministros.
O consulado italiano afirmou em um comunicado que “o objetivo das medidas adotadas é valorizar o vínculo efetivo entre a Itália e o cidadão residente no exterior”.
No Brasil, 14 mil pessoas obtiveram a nacionalidade em 2022 e 20 mil em 2024, segundo o ministério. De acordo com estimativas da pasta, sob a lei atual, entre 60 e 80 milhões de pessoas em todo o mundo poderiam ter reivindicado a nacionalidade.