Itamaraty determina que embaixador do Brasil na Ucrânia volte a Kiev
Norton de Andrade Mello Rapesta foi transferido para Lviv devido à guerra com a Rússia
Foto: Agência Brasil
O Ministério das Relações Exteriores determinou nesta terça-feira (26) que o embaixador do Brasil junto à Ucrânia, Norton de Andrade Mello Rapesta, retorne a Kiev. O diplomata foi transferido para Lviv em março por questões de segurança, em razão da invasão russa.
Durante todo o período, mesmo com a ausência do diplomata, mais de 250 brasileiros procuraram a embaixada para emissão de documentos e travessia de fronteiras. Após serem retirados do país, as atividades que aconteciam em Chisinau (Moldova), Kosice (Eslováquia), Lviv e Chernivtsi (Ucrânia) foram encerradas.
Neste mês, o presidente Jair Bolsonaro anunciou que estava com a negociação "quase certa" com a Rússia para compra de diesel russo, além disso, o chefe do Executivo ressaltou também que não pretendia adotar a nenhuma sanção econômica contra o país.
Além disso, o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, também criticou recentemente a postura de neutralidade de Bolsonaro sobre a guerra na Ucrânia. Ele afirmou ter relatado ao presidente brasileiro que “precisa de uma posição do Brasil”.
"Eu disse: "Queremos o apoio do Brasil. Se amanhã alguém atacar vocês, não ficaremos neutros, independentemente do histórico da nossa relação com um país que viesse a violar a sua soberania. Se alguém capturar a sua terra, matar o seu povo, estuprar as suas mulheres, torturar as suas crianças, como poderia dizer que sou neutro? Eu não tenho esse direito", afirmou Zelensky. "Relações comerciais são secundárias. Isso se resolve. Mas é preciso haver respeito pelo povo, de um país pelo outro, de um líder pelo outro", concluiu.