Jair Bolsonaro oficializa filiação ao Partido Liberal

A cerimônia de filiação do presidente da República, Jair Bolsonaro, ao Partido Liberal (PL) aconteceu na manhã desta terça-feira (30), no auditório do complexo Brasil 21, em Brasília. A filiação consolida a aliança de Bolsonaro com o Centrão, espectro político conhecido por se aliar ao poder, para as eleições de 2022. "Seja bem vindo ao PL. Seja bem vindo a 2022", disse o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, em discurso.

Logo depois, como de costume, Bolsonaro pediu que Marcos Feliciano fizesse uma oração. O mandatário, então, prosseguiu com o discurso e afirmou que o evento marca uma passagem para que possa pleitear algo na frente. "Estou me sentindo em casa, dentro do Congresso Nacional, tendo em vista a quantidade de parlamentares. Lembrando das lutas e momentos de embate que vivemos juntos pelo nosso país", disse. 

Bolsonaro passou décadas no Congresso como deputado federal antes de se eleger presidente. Por um período, ele foi filiado ao Partido Progressistas (PP), partido que também faz parte do Centrão. Mas ao deixar a legenda, e depois se candidatar à presidência, ele rompeu ligações com essa ala da política.  

"Ninguém faz nada sozinho, tudo pode acontecer. O futuro a Deus pertence", disse, pontuando que ele e o PL “serão uma família". Ainda em discurso, Bolsonaro agradeceu a confiança de Valdemar e falou sobre as eleições, citando vários nomes de aliados e onde eles podem disputar o pleito de 2022. Um dos nomes citados foi do ministro da Cidadania, João Roma, para a Bahia.

Atualmente, o governo do presidente Bolsonaro já estava aliado com as legendas de centro, sendo hoje a base no Congresso Nacional. O PL será o nono partido da carreira política de Bolsonaro. Em três décadas, o atual presidente passou pelas seguintes legendas: PDC, PPR, PPB, PTB, PFL, PP, PSC e PSL.

Além de Bolsonaro, também se filiou ao  PL o senador Flávio Bolsonaro, filho mais velho do presidente, e o ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho. Essa é a quarta legenda do senador, eleito pelo PSL em 2018. Flávio Bolsonaro migrou para o Republicanos em março de 2020 e se transferiu de novo para o Patriota em maio deste ano. Em discurso, o filho do presidente reforçou o trabalho de Bolsonaro no governo, criticou o Partido dos Trabalhadores (PT) e mandou um recado: “A política até perdoa traição, mas não o traidor”. Logo depois, ele agradeceu a todos que estavam presentes na cerimônia por não “trair o presidente”.