Jerônimo comemora novo secretariado e reconhece dificuldade para inserir mais mulheres: ‘Arrumações da política’
Em coletiva, governador também desenhou futura relação com governo Lula
Foto: Farol da Bahia
O governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues (PT), comemorou nesta terça-feira (3), durante cerimônia de posse do novo secretariado, os nomes que escolheu para compor sua gestão. Segundo ele, a equipe tem um perfil inovador e está focada em priorizar as políticas públicas. Em relação ao governo federal, ele afirmou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pode enfrentar dificuldades para ajudar a Bahia no primeiro ano de governo.
“É um novo governo. Nós manteremos o princípio de governar e cuidar da Bahia. Por isso mesmo, fizemos uma reforma necessária. Temos certeza do que Lula vai fazer, mas não temos o controle e o domínio sobre as realidades que ele vai encontrar. Sabemos que neste primeiro ano de governo vai ser muito difícil para Lula fazer aquilo que nós precisamos. A nível de Brasil, teremos que arrumar a casa de forma fiscal e orçamentária”, disse Jerônimo.
“Fizemos uma reforma adequada à realidade do estado da Bahia, que desse conta daquilo que realmente podemos fazer. No decorrer do processo, veremos as condições reais que Lula vai ter para nos estender a mão de uma forma mais forte”, completou.
Pouca representação feminina
Jerônimo também reconheceu que teve dificuldade para inserir mais mulheres no secretariado. Segundo ele, arrumações políticas impossibilitaram uma maior presença feminina. No entanto, o governador garantiu que sabe da importância de mulheres ocuparem pastas estratégicas no governo. Dos 25 nomes que vão compor a gestão de Jerônimo, apenas 7 são mulheres.
“Quando a gente faz uma reforma é com a concepção de governar. Nós queremos imprimir uma forma de governar e priorizar ainda mais as políticas públicas. Por isso, apresentamos um corpo de secretariado com esse perfil inovador. Nós, claro, tivemos dificuldade de garantir mais mulheres no nosso governo, mas vamos construir isso. Não é porque os partidos querem indicar só homem, são as arrumações da política”, justificou o petista.
“Nesses últimos dez anos tivemos naturalmente a dificuldade de garantir a rapidez e a agilidade de renovar e trazer mais jovens. Nós vamos demarcar o nosso governo. Temos, inclusive, mulheres em secretarias importantes e estratégicas. Já me sinto agradecido aos partidos políticos por indicarem nomes bons [para o secretariado] e no decorrer da história vamos construir uma agenda estadual de fortalecimento da participação da geração de novos quadros”, completou.