Jogador Neto e viúvas de mortos no acidente da Chape protestam em Londres pela falta de indenizações

O zagueiro Neto e as viúvas de quatro jogadores mortos na tragédia aérea da Chapecoense que vitimou 71 pessoas, se reuniram nesta segunda-feira (30) em frente às sedes da corretora de seguros Aon e da seguradora Tokio Marine Kiln, em Londres, para protestar pela falta de indenização para as famílias das vítimas. Quase três anos após a tragédia, os familiares das vítimas acumularam documentos que possibilitassem comprovar os culpados pelo acidente. 

Utilizando faixas e camisas relacionadas a tragédia, a manifestação reuniu as viúvas de Gil, Filipe Machado, Thiego e Bruno Rangel, além do presidente da Abavic (Associação Brasileira das Vítimas do Acidente com a Chapecoense) e três advogados.

Relembre o caso

O seguro da aeronave que caiu era de US$ 25 milhões (aproximadamente R$ 104 milhões), na época do acidente, contudo, os advogados das famílias contestam os valores apresentados. Eles afirmam que, até 2015, a apólice girava em torno de US$ 300 milhões (R$ 1,24 bilhão) e a partir de 2016, mesmo com risco prolongado por passar a transportar atletas de clubes de futebol, a apólice teve o valor reduzido.

Mesmo se recusando a pagar o seguro, duas empresas (Tokio Marine Kiln, seguradora oriunda do Japão, e a boliviana Bisa) integram um fundo humanitário que ofereceu um repasse de dinheiro às famílias das vítimas. Ambas ofereceram aproximadamente R$ 935 mil para cada uma. Como contraposto, os beneficiários teriam que desistir das ações na Justiça. No total, 23 famílias toparam selar um acordo. 48 se opuseram.

As pessoas que organizaram o protesto em Londres estimam que o valor devido pela Aon, Tokio Marine Kiln e Bisa varia entre US$ 4 milhões e US$ 5 milhões (de R$ 16 milhões à R$ 20,8 milhões) para cada família.