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Jornalista torturada pelo ex-namorado volta a receber ameaças

Ana Luiza, de 37 anos, afirma ter recebido duas ligações do número que pertencia a Fred Henrique Lima

Por Da Redação
Ás

Jornalista torturada pelo ex-namorado volta a receber ameaças

Foto: Reprodução

A jornalista Ana Luiza Dias, de 37 anos, que foi torturada e mantida em cárcere privado em um apartamento no bairro Copacabana (RJ), afirmou ter voltado a receber ameaças do ex-namorado. Ele está preso desde o último dia 5 maio.

Em entrevista ao portal Universa, Ana Luiza disse que recebeu duas ligações do número que pertencia a Fred Henrique Lima Moreira. De acordo com a jornalista, as ligações começaram no último final de semana.

Como explicou a mulher, o ocorrido já foi relatado aos investigadores da 12ª Delegacia Policial (Copacabana), onde o caso foi registrado. “A primeira [ligação] não falou nada e a segunda eu ouvi uma mensagem robótica que dizia: ‘Retire a queixa, retire a queixa’. Senti um medo absurdo”, disse Ana Luiza ao portal.

Fred Moreira foi preso por tentativa de feminicídio, estupro, cárcere privado e tortura. Ele manteve a ex-namorada presa por três dias em um apartamento, onde a torturou e agrediu com um cassetete e um soco inglês.

Após conseguir fugir do imóvel, Ana Luísa ficou internada por cinco dias no CTI (Centro de Tratamento e Terapia Intensiva). Em meio aos cuidados no hospital, ela chegou a receber ameaças do agressor por um aplicativo de mensagens.

“Quando ele foi preso, o celular ficou na casa dele. Eu não sei quem pode ter feito isso. Eu sei que um amigo dele pegou o celular e acredito que tenha entregado para o pai, para a família. A Thaís (mãe do filho de Fred) me procurou e garantiu que ela não tem nada a ver com isso”, disse Ana Luiza.

A jornalista ressalta que Fred é um homem vingativo. Ela não tem informações se, de alguma forma, ele conseguiu acesso a um celular. “Eu estou conseguindo reconstruir minha vida, estou voltando ao trabalho, conseguindo tirar o que aconteceu como foco da minha cabeça, e isso acontece. Eu estou acabando de consertar o que foi quebrado, finalizando o lado clínico, e o pesadelo não acabou, é fogo”, acrescentou.

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