Jovem baleada na cabeça pela PRF tem alta após dois meses

Jovem estava internada desde 24 de dezembro

Por FolhaPress
Ás

Jovem baleada na cabeça pela PRF tem alta após dois meses

Foto: Reprodução/Instagram

A jovem Juliana Leite Rangel, de 26 anos, baleada na cabeça durante abordagem da Polícia Rodoviária Federal na véspera de Natal, teve alta hospitalar nesta quinta-feira (6).

Família ficou surpresa com a alta. Segundo Dayse, apesar da recuperação da menina, eles não esperavam que a jovem deixasse o hospital hoje. 

"Foi uma surpresa boa para a gente, mas estamos muito felizes" Dayse Rangel, mãe de Juliana. 

Jovem estava internada desde 24 de dezembro. Após um mês da dada, ela deixou o CTI (Centro de Terapia Intensiva) e voltou a falar. Na época, Dayse postou nas redes sociais que Deus havia dado uma nova chance de vida para a filha."Naquele momento em que o carro estava sendo alvejado, eu achei que seria o nosso fim, mas Deus não se explica", acrescentou na publicação.

Jovem foi baleada na véspera de Natal. Juliana estava no carro com a família, a caminho de Niterói, para a ceia de Natal, quando foi atingida por disparos de agentes da PRF durante uma abordagem na Rodovia Washington Luís, no Rio de Janeiro.

O pai da vítima, Alexandre Rangel, disse que mais de 30 tiros foram disparados em série pelos agentes. Os policiais teriam alegado que abriram fogo porque o carro onde estava Juliana teria atirado primeiro.

Alexandre detalhou que também precisou deitar para se proteger. E, mesmo sem enxergar a pista, conseguiu conduzir o carro até o acostamento. "Eu falei que 'aqui tem família, aqui tem família'. Eles falaram: 'Vocês atiraram na gente'. Eu falei: 'Nem arma eu tenho. Como eu vou atirar em vocês se nem arma eu tenho? Eu só tenho família'", afirmou.

O superintendente geral da PRF, Antônio Fernando Oliveira, classificou o caso como "um evento traumático". Já o superintendente da PRF no Rio, Vitor Almada, confirmou que a patrulha era feita por três agentes -dois homens e uma mulher- que portavam dois fuzis e uma pistola automática. Os nomes dos policiais não foram informados. Por isso, a reportagem não conseguiu localizar a defesa dos envolvidos.

Conduta dos agentes é investigada em procedimento do Ministério Público Federal. O órgão abriu investigação no dia 25 de dezembro.
 

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