Jovem espancada pela polícia tem morte cerebral diagnosticada no Irã
Segundo denúncias de ativistas, mulher foi espancada por não seguir as leis de vestimentas impostas pelas autoridades locais
Foto: Reprodução/Internet
A jovem iraniana Armita Geravand, que está internada em coma após ter sido espancada pela polícia da moralidade, no metrô de Teerã, no início de outubro, teve morte cerebral confirmada pela equipe médica do hospital.
“Acompanhamentos sobre o último estado de saúde de Armita Geravand indicam que seu estado de saúde como morte cerebral parece certo, apesar dos esforços da equipe médica”, disse a Rede de Notícias da República Islâmica do Irã.
Armita foi espancada no dia 1º de outubro. Segundo o grupo iraniano-curdo de direitos humanos Hengaw, Geravand entrou em confronto com oficiais responsáveis por aplicar um código de vestimenta que é baseado na interpretação do Islã feita pelo governo do país. No Irã, as mulheres são obrigadas a usar o véu para cobrir os cabelos e o pescoço.
"Estamos acompanhando o caso dela de perto", afirmou um dos ativistas, que preferiu não se identificar. "Seus parentes disseram que há uma forte presença de policiais à paisana no hospital."
As autoridades iranianas negam as acusações. "De acordo com os vídeos que foram analisados, [a jovem] perde o equilíbrio, provavelmente devido à queda de pressão, e cai logo na entrada do trem, metade do corpo dela dentro da composição e metade fora", disse Masoud Dorosti, CEO da empresa responsável pelo metrô de Teerã.
