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Bahia

Jovem se joga de segundo andar de prédio para escapar de agressões, em Feira de Santana

Fugindo namorado, mulher caiu em cima de telhado e foi levada ao hospital; mãe da jovem denunciou o caso à Deam

Por Da Redação
Ás

Jovem se joga de segundo andar de prédio para escapar de agressões, em Feira de Santana

Foto: Reprodução/ TV Subaé

Uma jovem de 18 anos se jogou do segundo andar de um prédio para fugir das agressões do namorado. Ela estava sendo espancada e tentou evitar que o homem batesse nela com um pedaço de madeira. O caso ocorreu no domingo (27), no bairro Campo do Gado Novo, em Feira de Santana, cidade que fica a 100 km de Salvador. 

A mulher, que não foi identificada, caiu em cima de um telhado. Ela foi levada por vizinhos ao Hospital Cleriston Andrade e ficou internada até a manhã de segunda-feira (28).

Segundo informações da Polícia, a mulher realizou exame de corpo de delito, na tarde de segunda (28), e foi encaminhada para prestar depoimento à Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam).

A mãe da jovem, Potira Araújo, contou, em entrevista à TV Subaé, que a filha foi vítima de violência doméstica por parte do companheiro, que tem 37 anos. "Ele veio e bateu nela. A casa estava toda fechada e aí quando ela viu que ele ia matar com um pedaço de pau, ela pulou a janela", disse a mãe da vítima.

De acordo com informações da mãe, a vítima e o agressor mantinham um relacionamento há dois anos. Entretanto, Potira soube que não é a primeira vez que a filha é agredida pelo companheiro.

"Os vizinhos as vezes comentam, eu não eu nunca vi, mas os vizinhos comentam que ele é agressivo. Ela nunca comentou comigo, a gente conversa muito, nós somos muito amigas, ela conta algumas coisas como se ela pudesse resolver, mas pelo visto ela não pode", desabafa. 

A vítima não quis prestar queixa contra o agressor, por medo. Mas a mãe decidiu denunciar o ocorrido na delegacia. Apesar de também estar com medo, Potira diz que para proteger a filha, irá acompanhá-la até o fim e aconselha que outras mães façam o mesmo diante de situações semelhantes.

"Ela não queria [registrar o caso], mas eu vim como mãe, como mulher e como amiga da minha filha. Eu nunca vou deixá-la, estou aqui pronta para receber o que vier", disse Potira.

A lei prevê que denúncias de violência doméstica podem ser feitas por qualquer pessoa que reconheça a situação. A delegada responsável pelo caso diz, à TV Subaé, que o exemplo de Potira deve ser seguido. 

"A mãe com o objetivo de ajudar a filha a sair desse ciclo de violência já procurou a Deam, já foi emitido uma guia para exame de corpo de deito. O que nós queremos é que a lei alcance esse individuo que cometeu esse ato tão criminoso, que precisa ser rechaçado pela sociedade", informou a delegada.

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