Juiz do caso Ronaldinho não aceita sugestão do MP do Paraguai
MP sugeriu não processar o ex-jogador e o irmão Assis
Foto: Nathalia Aguilar/EFE
O juiz Mirko Valinotti, responsável por ouvir nesta sexta-feira (6) os depoimentos de Ronaldinho Gaúcho e do irmão dele, Roberto de Assis, no caso dos documentos falsos, não aceitou o argumento do Ministério Público do Paraguai, que entendeu que os dois brasileiros não precisariam ser processados no país. Além de não seguir a sugestão do MP, o juiz ainda deu um prazo de dez dias para o órgão reavaliar a situação.
Os irmãos prestaram depoimento por mais de seis horas a Valinotti, no Juizado Penal de Garantias de Assunção, sobre o uso de carteiras de identidade e passaportes falsos durante a passagem dos dois pelo Paraguai. Eles deixaram o Palácio de Justiça no início da noite desta sexta-feira.
Caso
Ronaldinho e Assis chegaram na manhã desta quarta-feira (4) em Assunção, no Paraguai, para participarem de evento da ONG Fundação Fraternidade Angelical. Ambos também foram ao país a convite do empresário Nelson Belotti, dono de um cassino que tem o ex-jogador como embaixador.
Contudo, os passaportes no desembarque chamaram a atenção das autoridades. Os irmãos passaram a ser suspeitos por uso de documentos falsos, mas apenas horas depois, à noite, membros do Ministério do Interior e do MP locais fizeram uma operação de busca.
De acordo com o MP, o passaporte, a carteiras de identidade e o telefone deles foram apreendidos no Yacht y Golf Club. O ministro do Interior Euclides Acevedo disse que os dois ficariam sob custódia no hotel até a manhã desta quinta (5), quando foram prestar depoimento.