Juíza conclui graduação de período integral em Medicina e vira alvo de investigação devido à dupla jornada
A apuração aponta incompatibilidade entre o horários do expediente forense e dos estudos do curso.

Foto: Juíza Adriana de Jesus Pita Colella, durante a posse no TRT-2. Créditos: TRT-2
A Corregedoria Geral de Justiça do Trabalho abriu uma investigação contra a juíza Adriana de Jesus Pita Colella, devido a incompatibilidade de horários do expediente forense e a graduação de seis anos e de período integral em Medicina, concluído pela magistrada na Universidade Metropolitana de Santos (Unimes). Ela foi recentemente promovida ao Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região (TRT-2) de São Paulo.
Instaurada por decisão monocrática do presidente do TRT-2, o desembargador Valdir Florindo, após solicitação de colegas, a investigação é voltada ao fato das atividades no internato na Unimes serem de segunda a sexta-feira das 08h às 17h, com a possibilidade de estender até às 18, enquanto a atividade forense ser das 11h30 às 18h.
Em março de 2025, a magistrada declarou que trabalhou presencialmente e ao mesmo tempo em que foi aprovada com alta frequência no estágio no ambulatório da Santa Casa de Santos.
O TRT-2, em defesa, informou que não há impedimento legal para magistrados realizarem atividades discentes em curso universitário e que acompanhou a produtividade da magistrada. Além disso, pontuou que Lei Orgânica da Magistratura (Loman) não fixa horário de trabalhos para os juízes e que uma decisão do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) exige trabalho presencial em três dias da semana, no mínimo.
A Corregedoria Regional do Trabalho da 2ª Região foi notificada pela Corregedoria Geral da Justiça do Trabalho para informar as providências adotadas na apuração dos fatos.


