Juíza progressista da Suprema Corte dos EUA volta a ser hospitalizada

O Tribunal Federal da Suprema Corte dos Estados Unidos, em comunicado, informou que a juíza progressista, Ruth Bader Ginsburg, 87 anos, voltou a ser hospitalizada. A decana "foi submetida a uma intervenção não cirúrgica muito pouco invasiva" em um hospital de Nova York nesta quarta-feira (29). 

De acordo com o comunicado, a intervenção foi realizada para "verificar um stent colocado nas vias biliares em agosto de 2019". A juíza "descansa confortavelmente e deixará provavelmente o hospital antes do fim de semana", completou.

A juíza é uma das quatro integrantes consideradas progressistas da Suprema Corte. Foi nomeada em 1993 pelo então presidente democrata Bill Clinton. É considerada uma brilhante jurista, se tornou um ícone pela independência de critério e o apoio às causas das mulheres, das minorias e do meio ambiente.

A saúde da decana é observada de perto, porque, caso ela deixe o cargo (devido à doença ou morte), o governo do presidente Donald Trump nomearia um juiz que levaria a corte a uma posição mais conservadora. 

Nos Estados Unidos, os juízes da Suprema Corte permanecem no cargo até morrerem ou se aposentarem voluntariamente, e Ginsburg manteve a posição apesar da idade, ciente de que sua saída mudaria o cenário jurídico do país.

Ginsburg teve que ser hospitalizada em meados de julho por uma infecção e, há pouco menos de duas semanas, anunciou ter sofrido uma recidiva de um câncer no fígado, embora tenha garantido que não irá deixar o cargo na Suprema Corte.