Justiça acata denúncia do MP sobre incêndio no Ninho do Urubu
Ex-presidente do Flamengo, Eduardo Bandeira, foi acusado pela morte dos dez jovens
Foto: Divulgação | Flamengo
O Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro acatou denúncia do Ministério Público do estado (MP-RJ) sobre o incêndio no Ninho do Urubu, que matou dez adolescentes. As investigações foram concluídas na última sexta-feira (15). A informação foi publicada inicialmente pelo site "Esporte News Mundo" e confirmada pelo ge.
Entre os 11 acusados estão o ex-presidente do Flamengo, Eduardo Bandeira de Mello, e o ex-diretor financeiro do clube, Márcio Garotti. Eles irão responder por incêndio culposo (sem intenção de matar) qualificado, que culminou em morte e lesão corporal, no caso dos três jovens que sobreviveram. Como não foram denunciados por homicídio, e sim por incêndio culposo, eles não irão a júri popular.
O caso aconteceu na madruga do dia 8 de fevereiro de 2019, quando fogos causados por um curto-circuito atingiram as instalações onde dormiam os jogadores do Flamengo que tinham entre 14 e 17 anos. As investigações apontaram que as irregularidades nas instalações já haviam sido notificadas para as autoridades do clube.
O descaso resultou na morte de dez jovens, identificados como Athila Paixão, de 14 anos; Arthur Vinícius de Barros Silva Freitas, 14 anos; Bernardo Pisetta, 14 anos; Christian Esmério, 15 anos; Gedson Santos, 14 anos; Jorge Eduardo Santos, 15 anos; Pablo Henrique da Silva Matos, 14 anos; Rykelmo de Souza Vianna, 16 anos; Samuel Thomas Rosa, 15 anos; Vitor Isaías, 15 anos.