Justiça aceita denúncia do MP, e delegado Maurício Demétrio vira réu por injúria racial

A Justiça aceitou uma denúncia feita pelo Ministério Público do Rio de Janeiro e tornou réu o delegado de Polícia Civil Maurício Demétrio Afonso Alves pelos crimes de discriminação e injúria racial. 

Demétrio está preso desde 2021 por extorsão e é acusado de comandar uma organização criminosa na Delegacia de Repressão aos Crimes Contra a Propriedade Imaterial, quando era titular.

A denúncia do Ministério Público relata três episódios em que o delegado mostrou seu desprezo por pessoas de cor preta ou fez ofensas racistas.Em um dos casos, em outubro de 2018, Demétrio chama uma delegada aposentada de "macaca" e "criola".

Outro episódio ocorreu em março de 2018, quando o então delegado ironizou a morte da vereadora Marielle Franco, "que, no contexto do que restou demonstrado com a prova dos autos, assim o fez por preconceito racial, certo que a falecida vereadora era mulher de cor preta", diz a denúncia.

Em 2020, Demétrio utiliza em uma conversa a expressão "tinha que ser preto" ao se referir ao então ministro da Educação. 

Além da condenação pelos dois crimes, o MPRJ requer que o delegado seja condenado a pagar R$ 100 mil pelos danos morais causados à delegada, bem como R$ 100 mil a título de dano moral coletivo.

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