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Justiça britânica nega liberdade condicional de Assange sob pagamento de fiança

Pedido dos advogados do fundador do WikiLeaks foi recusado

Por Da Redação
Ás

Justiça britânica nega liberdade condicional de Assange sob pagamento de fiança

Foto: Daniel Leal-Olivas/AFP

A Justiça do Reino Unido decidiu nesta quarta-feira (6), negar a libertação sob fiança do fundador do WikiLeaks, Julian Assange, dois dias após rejeitar um pedido dos Estados Unidos de extradição. Agora, Assange, de 49 anos, permanecerá na prisão de segurança máxima de Belmarsh, em Londres, onde está há quase dois anos, sob a acusação de ter violado a liberdade condicional quando pediu asilo à Embaixada do Equador em Londres, em 2012. 

De acordo com informações da Justiça, Assange também responde a um processo sob uma acusação de estupro na Suécia. Anteriormente, ele afirmava temer que as autoridades suecas o extraditassem para os EUA. Contudo, o processo sueco acabou arquivado, mas Assange ficará detido até o julgamento da apelação dos Estados Unidos da decisão que negou a extradição.

Além disso, Assange enfrenta nos EUA 18 acusações que envolvem conspiração para obter e divulgar, entre 2010 e 2011, mais de 250 mil telegramas diplomáticos e cerca de 500 mil documentos confidenciais sobre as atividades militares americanas no Iraque e no Afeganistão durante a chamada "guerra ao terror". Se condenado, ele pode ter uma pena de até 175 anos de prisão. A juíza Vanessa Baraitser disse, ao negar o pedido de fiança,  que Assange “ainda tem um incentivo para fugir”, afirmando que ele já violou a condicional antes. Assange ficou na missão diplomática equatoriana até abril de 2019, quando teve seu asilo revogado por Quito. Ele foi preso ao sair do prédio e condenado a 50 semanas de detenção pela violação da condicional.

A defesa de Assange propôs condições de liberdade sob fiança que incluíam prisão domiciliar e um equipamento eletrônico para rastrear seus movimentos. O advogado dele, Edward Fitzgerald, disse que muitas das celebridades amigas de Assange estavam dispostas a uma oferta financeira. Além disso, o advogado ainda argumentou que a oferta de asilo do presidente mexicano Andrés Manuel López Obrador só entraria em vigor após a conclusão do processo judicial. Os argumentos da defesa, no entanto, não convenceram a juízes. 
 

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