Justiça concede liberdade para Nelma Kodama, delatora da Lava Jato
Ela estava presa desde 2022 acusada de ser doleira do narcotráfico
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Acusada de tráfico internacional de drogas pela Polícia Federal e primeira delatora da Operação Lava-Jato, Nelma Kodama, de 57 anos, teve a sua prisão domiciliar convertida em liberdade provisória. A decisão favorável a doleira foi dada pelo desembargador Ney Bello, do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1).
A liberdade foi concedida em caráter liminar através de um habeas corpus. No despacho do desembargador federal, ele lista os argumentos apresentados pela defesa da doleira, incluindo problemas de saúde relatados por Nelma. O documento afirma: "Além disso, (seus advogados) alegam um quadro de saúde bastante delicado da paciente, que exigiu nos últimos meses inúmeras intervenções médicas".
Nelma é acusada de cometer os crimes de tráfico internacional de drogas, lavagem de dinheiro e formação de organização criminosa. Anteriormente, ela já havia sido condenada a três anos de prisão por lavagem de dinheiro no contexto da Operação Anaconda (2003), que revelou um esquema de venda de sentenças judiciais pelo ex-juiz federal João Carlos da Rocha Mattos.
A decisão liminar estabelece que Nelma está proibida de manter contato com os demais denunciados no âmbito da Operação Descobrimento. Além disso, ela deve comparecer a cada 15 dias ao Juízo Federal da localidade de residência para informar e justificar atividades.
O magistrado pediu a entrega do passaporte da doleira, no prazo de 24 horas, e determinou que ela use tornozeleira eletrônica.