Justiça condena Prevent Senior a pagar R$1,2 milhão a médico que denunciou o 'Kit Covid'
Juíza reconhece que havia subordinação entre Walter Correa e a operadora de saúde
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A Justiça de São Paulo condenou a empresa de planos de saúde Prevent Senior, a pagar mais de R$1 milhão a um dos médicos que denunciou o 'Kit Covid' como prescrição aos pacientes, com medicamentos sem eficácia comprovada. O caso foi investigado na CPI da Pandemia em 2021.
Walter Correa de Souza Neto foi um dos 12 médicos a denunciarem a Prevent junto aos senadores da Comissão. Ele prestou depoimento em outubro de 2021 e na ocasião, afirmou que a operadora de saúde coagia os médicos a receitarem os medicamentos sem eficácia, ferindo o princípio da autonomia médica.
Walter chegou a processar a empresa por ser contratado como Pessoa Jurídica (PJ), mas sem vínculo e cobranças similares aos empregados com carteira de trabalho assinada. A juíza Patrícia Almeida Ramos, do Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região, deu razão a Walter numa decisão do dia 28 de setembro e reconheceu o vínculo de emprego entre agosto de 2013 a fevereiro de 2021.
Na decisão a juíza reconheceu que havia subordinação entre o médico e a operadora de saúde, e que ele estava submetido a uma ''estrutura hierárquica de poder''.
A Prevent Senior é investigada em inquéritos civis do Ministério Público do Trabalho, Ministério Público Federal e Ministério Público de São Paulo na área da saúde pública. O Ministério Público Criminal também abriu um inquérito, que está em andamento para investigar crimes cometidos pela empresa e seus dirigentes.