Justiça condena réu a 12 anos de prisão pela morte do cinegrafista Santiago Andrade
A decisão foi divulgada na madrugada desta quarta-feira (13)
Foto: Reprodução/Arquivo Pessoal
O artesão Caio Silva de Souza, acusado de acender o rojão que resultou na morte do cinegrafista Santiago Andrade em 2014, foi condenado a 12 anos de prisão em regime inicialmente fechado. Enquanto isso, Fabio Raposo Barbosa, outro acusado no caso, foi absolvido pelo Conselho de Sentença do 3º Tribunal do Júri do Rio de Janeiro.
A decisão, divulgada na madrugada desta quarta-feira (13), provocou diferentes reações. A defesa de Caio comemorou, destacando que o Conselho de Sentença reconheceu a falta de provas de que Caio tinha a intenção de matar o cinegrafista. Por outro lado, a absolvição de Fabio gerou consternação, especialmente por parte da família de Santiago.
A filha do cinegrafista, a jornalista Vanessa Andrade, expressou alívio por encerrar esta etapa do processo, mas manifestou desacordo com a absolvição de Fabio, enfatizando que buscam uma sentença definitiva. A tese dos advogados da família argumentava que, ao acender um rojão no meio de uma multidão, assumia-se o risco de causar danos.
Os réus eram acusados por homicídio doloso qualificado por emprego de explosivo. Entretanto, o júri concluiu que não existiu dolo eventual, levando à desclassificação do crime. A pena de Caio foi por lesão corporal seguida de morte.
O julgamento envolveu depoimentos, incluindo o dos réus, e análise de imagens do ocorrido. Fabio afirmou ter encontrado o rojão durante uma manifestação, enquanto Caio admitiu arrependimento, mas contestou a intenção de matar. O veredicto agora permite a Caio recorrer em liberdade, enquanto a defesa dele anuncia a intenção de contestar a pena de 12 anos, alegando excesso nas normas legais.