Justiça determina que médica que negou existência do câncer de mama retire vídeos do ar
Equipe de defesa diz que Lana Tiani Almeida não vai se pronunciar sobre a decisão
Foto: Reprodução/Redes Sociais
O Tribunal de Justiça do Pará (TJ-PA) determinou, na sexta-feira (1º), que a médica Lana Tiani Almeida da Silva exclua das redes sociais os vídeos em que afirma, sem provas, que o câncer de mama não existe.
Caso volte a negar a existência da doença e mantenha as publicações no ar, a médica terá que pagar R$ 1.500 multa diária. Na manhã deste sábado (2), as contas de Lana Almeida nas redes sociais constam como desativadas.
Na decisão, o TJ-PA afirma que Lana promove “descredibilização dos métodos científicos” e “risco imenso e irresponsável à saúde da população”. As afirmações falsas foram divulgadas durante o Outubro Rosa, mês de conscientização e alerta sobre a importância da prevenção do câncer de mama.
Nos vídeos, Almeida se apresenta como médica de "medicina integrativa e modulação hormonal bio idêntica nano" e pediu aos seguidores para esquecer a campanha Outubro Rosa e a mamografia.
Apesar de se divulgar como especialista em mastologia, Almeida declara ao CRM-PA não ter especialidade médica. À imprensa, a equipe dela afirma que ela não vai se pronunciar até a conclusão do caso.
De acordo com dados levantados pelo Instituto Nacional de Câncer (Inca), a taxa de mortalidade do câncer de mama é de 11,71 óbitos mortes a cada 100.000 mulheres. O Sindicato dos Médicos do Pará (SINDMEPA) publicou uma nota de repúdio às declarações dela, e reafirmou a gravidade do câncer de mama e a importância do diagnóstico através da mamografia.
Além dela, o médico Lucas Ferreira Mattos, com registros em São Paulo e Minas Gerais , também afirmou, falsamente, que a mamografia causa câncer. O caso é investigado pelo Conselho Regional de Medicina de São Paulo (Cremesp).
Lucas Ferreira Mattos divulgou informações falsas sobre o câncer de mama
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