Justiça do RS anula condenação dos acusados pelas mortes na Boate Kiss
Existe previsão de um novo julgamento, mas ainda sem data definida
Foto: Agência Brasil
O Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul anulou nesta quarta-feira (03) a decisão do tribunal do júri sobre o caso da Boate Kiss. O julgamento analisou o material apresentado pela defesa dos quatro condenados pelo incêndio na boate. O caso aconteceu em 2013 e deixou 242 pessoas mortas.
Existe a previsão de um novo julgamento, mas ainda sem data definida. Os familiares e amigos das vítimas que acompanharam o julgamento, choraram de indignação discordando da decisão.
A defesa dos acusados pediu redimensionamento das penas, alegando que houve nulidades no processo e na solenidade, além de considerarem que a decisão não correspondeu às provas levantadas.
Com a decisão do Tribunal de Justiça, a prisão dos quatro acusados foi revogada. Fica sob a responsabilidade do juiz de primeiro grau decidir sobre a soltura. Eles podem ser libertados ainda nesta quarta-feira.
O incêndio da Boate Kiss aconteceu em 37 e janeiro de 2013 na cidade de Santa Maria no Rio Grande do Sul. No local, acontecia uma festa universitária e o fogo começou após um dos integrantes da banda Gurizada Fandangueira disparar um artefato pirotécnico, que atingiu o teto revestido de espuma.
A tragédia deixou 242 pessoas mortas e 636 pessoas feridas. Os sócios da boate Kiss, Elissandro Callegaro Spohr e Mauro Londero Hoffmann, o vocalista da Banda Gurizada Fandangueira, Marcelo de Jesus dos Santos, e o produtor musical Luciano Bonilha Leão foram condenados no dia 10 de dezembro de 2021.