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Justiça do RS nega pedido por liberdade do ex-BBB Nego Di

Influenciador responde por estelionato e está preso há 52 dias

Por Da Redação
Ás

Atualizado
Justiça do RS nega pedido por liberdade do ex-BBB Nego Di

Foto: Reprodução

A 2ª Vara Criminal de Canoas rejeitou a solicitação de liberdade feita pela defesa do influenciador digital Dílson Alves da Silva Neto, conhecido como Nego Di. O ex-BBB é réu por estelionato e está preso de forma preventiva há 52 dias em uma penitenciária na Região Metropolitana de Porto Alegre. 

O pedido de liberdade do sócio do humorista, Anderson Boneti, também foi negado pela juíza Patrícia Pereira Krebs Tonet. Ambos são acusados de supostamente não entregarem produtos vendidos em uma loja virtual.  

A defesa de Nego Di defende que o influenciador foi vítima de Anderson, agindo sem a intenção de cometer um crime. Foram anexadas conversas entre os réus para sustentar a versão. A juíza negou a versão devido a um vídeo em que Nego Di está dirigindo um carro de luxo enquanto diz que "ninguém mandou comprar a televisão".

"O seu comportamento não se coaduna com o de pessoas ingênuas na área de vendas e negociações, colhendo-se que as conversas abrangem período significativo de tempo, dentro do qual as vendas seguiram acontecendo sem que nenhuma providência fosse tomada por quaisquer dos réus", afirmou a juíza. 

Foram negados dois pedidos para liberação do humorista. O primeiro, em julho, alegando que não há fatos suficientes para justificar a prisão. A segunda solicitação aconteceu em agosto e podia ser pela soltura ou pela substituição da prisão por outras medidas cautelares. 

Também foi negada a versão de que o crime teria sido sem dolo, ou seja, sem a intensão de cometer o crime. A justificativa da juíza é que Nego Di saiu do Rio Grande do Sul sem ressarcir as vítimas. Além disso, o EX-BBB nunca prestou queixa contra Anderson Boneti. 

No entanto, esse não é o único processo a que o sócio Anderson responde. Ele é réu por desviar R430 milhões de uma empresa. Beneti e outras sete pessoas teriam lesado uma indústria metalúrgica após burlarem um sistema de segurança digital de um banco. 

O advogado que defende Anderson no caso do desvio de dinheiro afirmou em julho ao G1 que o cliente operava com criptomoedas e teriam sido vítimas de um ataque de hacker que teria sido os responsáveis pelo desvio. 

Entenda o caso

Nego Di é réu pelo crime de estelionato com fraude eletrônica. O influenciador teria lesado mais de 370 pessoas com vendas no site Tadizuera. O crime teria ocorrido entre 18 de março e 26 de julho de 2022. Polícia Civil descobriu uma movimentação financeira que ultrapassa os R$ 5 milhões. 

A investigação da Polícia Civil afirma que o influenciador usaria a própria imagem para impulsionar o alcance dos anúncios, fazendo com que alcançasse vítimas fora do Rio Grande do Sul. Nego Di possui mais de 10 milhões de seguidores nas redes sociais. 

Usuários teriam comprado televisores, celulares e eletrodomésticos, mas não receberam as mercadorias. O prejuízo estimado é R$ 330 mil. 

O influenciador foi preso na praia de Jurêrê Internacional em Florianópolis no dia 14 de julho pela Polícia Civil do estado. Anderson Boneti foi preso em Bonbinhas (SC) uma semana depois. Eles foram encaminhados para a Penitenciária Estadual de Canoas (Pecan).

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