Justiça paralisa investigação de vazamento de operação para Flávio Bolsonaro
O documento deu origem à apuração do esquema de rachadinha
Foto: Reprodução/Agência Brasil
Com uma batalha na Justiça Federal, fica paralisado o avanço da investigação sobre o suposto vazamento para o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) do relatório do Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras) apontando seu então assessor Fabrício Queiroz. Esse documento deu origem a apuração do esquema de rachadinha.
Liminares entre o MPF (Ministério Público Federal) e os investigados, Miguel Ângelo Braga Grillo, até hoje chefe de gabinete de Flávio, o advogado Victor Granado Alves e a ex-assessora Val Meliga, travam as investigações.
O caso que foi denunciado pelo empresário Paulo Marinho à Folha de S. Paulo em maio de 2020, novamente entrou em pauta após uma declaração feita pelo ex-ministro da Educação Abraham Weintraub, nesta semana.
Weintraub aprovou o relato de Marinho, afirmando ter participado de uma reunião sobre as denúncias contra Flávio e Queiroz em novembro de 2018, antes de o caso ser revelado, em dezembro daquele ano. De acordo com o ex-ministro, Bolsonaro tratou do assunto e tinha ao seu lado Flávio.
Em seguida, o MPF solicitou o desarquivamento de um inquérito da PF (Polícia Federal) que já havia analisado outras denúncias de vazamento da Operação Furna da Onça, onde dez deputados estaduais do Rio foram presos sob suspeita de corrupção.
Benones e um delegado da PF ouviram Marinho, três assessores de Flávio, um dos procuradores da Lava Jato do Rio e diversos membros da PF. O procurador ainda tentou uma acareação entre Marinho e Flávio, mas o senador faltou à oitiva.