Justiça rejeita denúncia de injúria e quer acordo do MP com Sara Giromini
Giromini é denunciada pelo MP após ataques ao ministro do STF

Foto: JN
A Justiça Federal do Distrito Federal rejeitou na última segunda-feira (10), uma denúncia por injúria feita pelo Ministério Público (MP) contra Sara Giromini. Na ação, o MP se refere às ameaças feitas ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes. O juiz Francisco Codevila, da 15ª Vara Federal Criminal do DF, determinou que o MP proponha um acordo para a extremista diante da acusação de ameaça.
Codevila também rejeitou parte da acusação formal sob o argumento de que crimes contra a honra, grupo do qual a injúria faz parte, não são mais compatíveis com a Constituição Federal de 1988. Sara Giromini lidera um grupo de extremistas que apoia o presidente Jair Bolsonaro (sem partido). Ela chegou a ser presa no ano passado em desdobramento das investigações do inquérito dos atos contra a democracia, sob a suspeita de que atuou para captar recursos para financiar essas manifestações.
Em junho de 2020, o Ministério Público denunciou Giromini por injúria e ameaça contra o ministro do STF. Na denúncia, o MP detalhou ofensas e ataques da extremista contra Moraes, publicadas nas redes sociais entre os dias 29 de maio e 8 de junho. Em uma das publicações, em vídeo, ela afirma que vai "infernizar" a vida do magistrado e descobrir os lugares que ele frequenta, até ele "sair do jogo". "Isso não é uma ameaça, não. É uma constatação. O senhor não vai continuar no poder. O senhor vai sair. Por bem, por mal. Quando eu digo mal, algo que se chama coerção civil."
Em outro trecho, ela insinua agressões físicas. "Hoje o Alexandre de Moraes conseguiu uma inimiga pessoal. Sou eu. Se eu estivesse em São Paulo, eu ia na frente do prédio dele, mandar ele descer pra trocar soco comigo", disse.