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Política

Justiça suspende compra de passagens pelo governo por falta de transparecia do Ministério da Economia

Em nota, pasta afirma que mudanças na forma de compra foi feita para ser "mais econômica"

Por Da Redação
Ás

Justiça suspende compra de passagens pelo governo por falta de transparecia do Ministério da Economia

Foto: Reprodução/Aeroportos do Mundo

A Justiça Federal no Distrito Federal suspendeu a compra de passagens aéreas pelo governo federal por falta de transparência por parte do Ministério da Economia, responsável pelo negócio. A decisão, de 8 de abril, vale até que o Tribunal de Contas da União (TCU) emita um parecer sobre o novo modelo de compra de bilhetes, que desde setembro do ano passado é feita diretamente com as companhias aéreas. 

A decisão foi tomada num processo movido pela Abav-DF (Associação Brasileira de Agências de Viagem do DF). Os contratos são centralizados no Ministério da Economia, comandando por Paulo Guedes, e envolvem as companhias Gol, Azul e Latam. Ao todo, seriam gastos R$ 341,8 milhões para compras de passagens por até dois anos.

De acordo com o edital, lançado em novembro de 2020, depois que o documento fosse assinado, as empresas dariam um desconto de 3% sobre os valores das passagens ao governo. O negócio foi fechado em janeiro deste ano. No entanto, segundo a liminar (decisão provisória), havia uma primeira versão desse edital que previa desconto de 15%.

Os contratos preveem a emissão de cerca de 100 mil bilhetes pelas empresas, o que dá uma média de R$ 3.418 cada. Essa mudança, segundo a juíza Ivani Silva da Luz, da 6ª Vara Federal do Distrito Federal, autora da decisão, foi adotada sem transparência nem motivação, como mandam a lei e a Constituição, mas "por imposição das companhias aéreas".

Em nota, o ministério disse que ainda não havia sido notificado da decisão, mas afirmou que o novo modelo é "mais econômico". Além disso, a pasta cita um relatório da Controladoria-Geral da União (CGU), do ano passado, apontou que, se as passagens tivessem sido compradas diretamente com as companhias aéreas em 2018 e 2019, teria havido uma economia de 5,3%, ou 21 milhões por ano. 

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