Justiça torna réu quatro suspeitos de atrapalhar investigações de operação contra grupo miliciano na Bahia
Investigados teriam participado de um esquema de destruição de provas armazenadas em meio digital
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Foto: Reprodução
Os quatro suspeitos de tentar atrapalhar investigações relacionadas à Operação El Patron – realizada contra um grupo miliciano, com atuação em Feira de Santana - viraram réus. A Justiça aceitou a denúncia do Ministério Público da Bahia (MP-BA), na terça-feira (4).
Filipe dos Anjos Santana, Iggo César Barbosa, Ioná Santos Silva e Jackson Macedo Araújo Júnior foram alvos da Operação Patrocínio Indigno, em novembro do ano passado. Iggo César é advogado de Jackson Macedo, um dos presos na El Patrón.
As investigações apontam que os quatro réus agiram em conjunto, em 2023, para "embaraçar" as apurações criminais que estavam em curso.
Preso na Superintendência Regional da Polícia Federal, em Salvador, Jackson usou um celular disponibilizado por Iggo para indicar login e senha da conta de armazenamento.
Com os dados, Ioná tentou apagar os arquivos digitais remotamente. Sem sucesso, ela teria acionado Filipe dos Anjos para destruir as evidências.
A El Patron foi realizada em dezembro de 2023, contra o grupo acusado por crimes de lavagem de dinheiro do jogo do bicho, agiotagem e receptação qualificada. O deputado estadual Binho Galinha é apontado como chefe do grupo criminoso. Ele nega participação.
À época, foram cumpridos 10 mandados de prisão preventiva, 33 mandados de busca e apreensão, bloqueio de mais de R$ 200 milhões das contas bancárias dos investigados, sequestro de 26 propriedades urbanas e rurais e suspensão de atividades econômicas de seis empresas.