Justiça trabalhista recebeu quase 8 mil ações desde início da pandemia da covid-19

A Justiça do Trabalho recebeu mais de 7,7 mil ações trabalhistas desde que a pandemia do novo coronavírus teve início no país. Segundo levantamento realizado pelo Tribunal Superior do Trabalho (TST), os números são equivalentes ao período entre janeiro e maio e incluem todas as varas e tribunais do trabalho do Brasil.

As demandas principais ajuizadas pelos trabalhadores na primeira instância, porta de entrada da Justiça trabalhista, se referem a cobrança de verbas rescisórias que não foram pagas pelo empregador. Desde que as medidas de isolamento social foram impostas, várias empresas não conseguiram seguir com o quadro de funcionários e realizaram demissões.

Em segundo lugar, constam ações para liberação do saque do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), que equivalem a 12,58% das ações.

Os empregados dos setores da indústria, serviços, turismo, alimentação e comunicações foram responsáveis pela maioria das ações.

Pela distribuição de casos, a procura pela Justiça do Trabalho foi registrada em número reduzido no fim de janeiro e em fevereiro, mas cresceu a partir de março, quando passaram a valer as medidas restritivas de fechamento do comércio e da indústria em diferentes municípios.

Os estados que tiveram mais registros de novas ações foram Santa Catarina (1.486), Pernambuco (1.025), Rio Grande do Sul (824), Ceará (465) e Minas Gerais (448).