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Lava Jato investiga repasses do grupo Oi para as empresas do filho de Lula

Segundo o MPF, as empresas não tinham capacidade de prestar serviços para os quais foram contratados

Por Da Redação
Ás

Lava Jato investiga repasses do grupo Oi para as empresas do filho de Lula

Foto: Reprodução

Deflagrada na manhã desta terça-feira (10), a 69ª fase da Operação Lava Jato investiga repasses de mais de R$ 100 milhões do grupo Oi/Telemar para empresas de Fábio Luís Lula da Silva, um dos filhos do ex-presidente Lula. A Polícia Federal cumpre 47 mandados de busca e apreensão na Bahia, São Paulo, Rio de Janeiro e Distrito Federal. 

Segundo o Ministério Público Federal (MPF), as empresas do filho de Lula (Gamecorp/Gol) não tinham capacidade de prestar serviços para os quais foram contratados pela Oi/Telemar. O grupo desenvolve livros e aplicativos para celular, entre outros serviços ligados à tecnologia.

Ainda de acordo com o MPF, o repasse de R$ 132 milhões foi beneficiado por medidas do governo federal, comandado pelo PT, ocorreu entre os anos de 2004 e 2006. Uma parte desse dinheiro teria sido usado para comprar o sítio de Atibaia, que era frequentado por Lula. A PF diz que os repasses da Oi/Telemar chegam a R$ 193 milhões.

Citados na operação 

Em nota a Oi disse que "atua de forma transparente e tem prestado todas as informações e esclarecimentos que vêm sendo solicitados pelas autoridades, assegurando total e plena colaboração com as autoridades competentes".

A Telefônica informou que a Polícia Federal esteve em sua sede, em São Paulo, buscando informações a respeito de contratos específicos de prestação de serviços realizados. "A empresa está fornecendo todas as informações solicitadas e continuará contribuindo com as autoridades. A Telefônica reitera seu compromisso com elevados padrões éticos de conduta em toda sua gestão e procedimentos”, afirmou também em nota.

Grupo Gamecorp/Go

A estruturação do grupo Gamecorp/Gol foi comandada por Fábio Luis Lula da Silva, Fernando Bittar, Kalil Bittar e Jonas Suassuna. As investigações do MPF apontam que as empresas do grupo "não possuíam mão de obra e ativos compatíveis com a efetiva prestação dos serviços para os quais foram contratadas pela Oi/Telemar".

Um e-mail apreendido pelos investigadores apresenta o resultado da empresa “nos últimos 12 meses” com a ressalva de que teriam sido “expurgados os números da Brasil Telecom [grupo Oi] que por ser uma verba política poderia distorcer os resultados”. O e-mail foi recebido por Fábio, Fernando e Jonas. 

Benefícios a Oi/Telemar

O MPF ainda afirma que o grupo Oi/Telemar foi beneficiado pelo governo federal com "diversas decisões políticas e administrativas no setor de Telecomunicações".

Um exemplo citado é o decreto nº 6.654/2008, assinado pelo então presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva, que permitiu a operação de aquisição da Brasil Telecom pelo grupo.

De acordo com procuradores, mensagens apreendidas no curso das investigações também indicam que o grupo Oi/Telemar foi beneficiado pela nomeação de conselheiro da Anatel, a agência reguladora do setor.
Outra suspeita são os repasses feitos pelo grupo para a empresa R.T Serviços Especializados, a que foi usada para pagar despesas do ex-ministro da Casa Civil, José Dirceu, e de pessoas relacionadas a ele. O MPF diz ter evidências de que José Dirceu participou ativamente de interlocuções em favor do grupo Oi/Telemar com o governo federal.

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