Lava Jato negociou programa espião Pegasus com empresa israelense
Segundo um consórcio composto por 17 jornais de dez países, cerca de 180 jornalistas foram monitorados pelo sistema de espionagem

Foto: Reprodução/R7
A defesa do ex-presidente Lula, revelou numa petição protocolada nesta segunda-feira no STF (Supremo Tribunal Federal), como procuradores de Curitiba buscavam criar um sistema de espionagem cibernética clandestina. A perícia teria mensagens de chats entre membros da Lava Jato apreendidas na Operação Spoofing como base.
A polêmica se tornou notícia no mundo no último dia 18 após ter sido utilizado por governos para espionar jornalistas, ativistas e inimigos políticos dos chefes de estado. De acordo com um consórcio composto por 17 jornais de dez países, cerca de 180 jornalistas foram monitorados pelo sistema Pegasus.
No Brasil, a fornecedora abandonou licitação do Ministério da Justiça e Segurança Pública, após a revelações do UOL em maio sobre o lobby realizado por Carlos Bolsonaro.
De acordo com a petição ao STF a partir dos diálogos de procuradores, "a Operação Lava Jato teve contato com diversas armas de espionagem cibernética, incluindo o aludido dispositivo Pegasus". O documento foi assinado pelos advogados Valeska Teixeira Martins e Cristiano Martins.