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Lei do Rio de Janeiro que reconhece o acarajé como patrimônio cultural causa polêmica

No entanto, aprovação da Lei 10.157/23 é elogiada pela Associação Nacional das Baianas de Acarajé

Por Da Redação
Ás

Lei do Rio de Janeiro que reconhece o acarajé como patrimônio cultural causa polêmica

Foto: Shutterstock

Na semana passada, a aprovação de uma lei que reconhece a produção e comercialização do acarajé como patrimônio de valor histórico e cultural do Estado do Rio de Janeiro causou controvérsia e despertou discussões acaloradas nas redes sociais. A associação da iguaria à cultura baiana gerou reações surpreendentes, com internautas expressando preocupações de que o "oxe" (expressão típica baiana) pudesse se tornar uma tradição sudestina.

No entanto, no domingo (29), a Associação Nacional das Baianas de Acarajé, Mingau, Receptivo e Similares (Abam) publicou uma nota em seu perfil no Instagram, defendendo a aprovação da Lei 10.157/23. A lei foi proposta por deputados estaduais do Rio de Janeiro, incluindo Renata Souza (Psol), Dani Monteiro (Psol) e Átila Nunes (MDB), e foi sancionada pelo governador Cláudio Castro, sendo publicada no Diário Oficial no dia 25 de outubro.

A Abam destacou que, embora a associação direta do acarajé seja com a Bahia, o prato é parte importante da cultura afro-brasileira e tem raízes africanas. A associação também enfatizou a necessidade de valorizar o estado brasileiro e baiano em relação à tradição no preparo da iguaria, sem alterações no sabor. Além disso, a Abam reforçou a importância de proteger o ofício das baianas de acarajé, que desempenham um papel fundamental na preservação dessa tradição.

"A Lei que protege o acarajé na Bahia segue em pauta, esperamos que todos os deputados deem sua anuência para seguirmos com a lei aqui em nossa terra, para assim conseguirmos o mesmo final feliz que o Rio de Janeiro teve. É importante destacar que o ofício das baianas de acarajé só foi reconhecido no âmbito Nacional no ano de 2005 e o estadual em 2012; Queremos, sim, que o ACARAJÉ seja protegido e valorizado em todas as partes do mundo, mas a nossa expectativa é que a terra mãe do Brasil abrace a causa e faça valer a importância desta iguaria aqui em nosso estado”, afirmou a associação em seu comunicado.

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