Leilão polêmico de joias arrecada mais de US$ 200 milhões
Coleção pertencia a Heidi Horten, viúva de alemão acusado de se beneficiar do espólio de propriedades de origem judaíca
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A casa de leilões Christie's anunciou na última segunda-feira (15) que a venda da coleção de mais de 700 joias da falecida milionária austríaca Heidi Horten, viúva de um alemão acusado de se beneficiar do espólio de propriedades de origem judaica, arrecadou mais de US$ 202 milhões (R$ 992 milhões). O valor superou o recorde anterior, alcançado em 2011 com a coleção de Elizabeth Taylor.
O leilão começou na última quarta-feira (10) e terá os últimos lotes vendidos em novembro. A Christie's explicou que o montante arrecadado será doado a uma fundação que apoia causas filantrópicas, de acordo com a vontade de Heidi. A casa de leilões também fará "uma doação significativa" dos lucros a instituições judaicas e à educação sobre o Holocausto, que considera "de importância vital".
Apesar disso, a venda gerou polêmica devido à origem da fortuna do marido de Heidi Horten, Helmut Horten, dono de uma das maiores redes de lojas de departamentos da Alemanha. Ele foi acusado de se beneficiar do espólio de propriedades de pessoas de origem judaica e assumiu o controle de vários negócios que pertenceram a judeus que fugiram do nazismo.
Dos 98% dos lotes vendidos, metade foi para compradores na Europa e no Oriente Médio, 28% nas Américas e 22% na Ásia, de acordo com a Christie's.