Leilões de bens apreendidos de traficantes batem recorde em um ano
Dinheiro arrecadado é usado na segurança pública e no combate às drogas

Foto: Divulgação/Ministério da Justiça e Segurança Pública
A Senad (Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas), do Ministério da Justiça e Segurança Pública, registrou em um ano 94 leilões com o patrimônio apreendido de criminosos no país. De outubro de 2019 até outubro de 2020, a secretaria arrecadou R$ 35 milhões com a venda desses bens. Até 2018, eram realizados, em média, seis leilões ao ano.
O montante contribuiu, juntamente com a conversão de mais de R$ 60 milhões em moedas estrangeiras, para o recorde de R$ 112 milhões do Fundo Nacional Antidrogas. Foram vendidos 2.700 itens, em 25 estados e no DF, a partir do novo redesenho da Senad, que passou a ter o apoio de leiloeiros cadastrados e comissões compostas por funcionários públicos nas unidades federativas, que ajudaram a agilizar os leilões junto com a secretaria.
Desde outubro do ano passado, a Senad passou a regular a venda de bens apreendidos de outros crimes, como corrupção e lavagem de dinheiro. Dos 94 leilões realizados, 8 foram do patrimônio de crimes não ligados ao tráfico de drogas, com arrecadação de R$ 10 milhões.
A expectativa é ultrapassar a marca de 100 leilões até o final do ano em todo o Brasil. Já foram arrematados 2.308 itens: 2.100 veículos, 7 aeronaves, 5 imóveis, 155 eletrônicos,15 diamantes, 5 lingotes de ouro e 29 toneladas de ração usadas para camuflar o transporte de drogas, dentre outros itens.