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Leis sobre privacidade não contemplam explicitamente o direito à privacidade mental, alerta pesquisadora de neurotecnologia

Nina Farahany escreveu um livro sobre o uso da neurotecnologia e a relação com a privacidade individual

Por Da Redação
Ás

Leis sobre privacidade não contemplam explicitamente o direito à privacidade mental, alerta pesquisadora de neurotecnologia

Foto: UNIVERSIDADE DUKE via BBC

Nita Farahany, professora da Universidade Duke (EUA) se especializou em pesquisar as consequências das novas tecnologias e suas implicações éticas, lançou neste ano o livro The Battle for your Brain: Defending the Right to Think Freely in the Age of Neurotechnology ("A Batalha pelo seu Cérebro: Defendendo o Direito de Pensar Livremente na Era da Neurotecnologia", em tradução livre). 

Em entrevista à BBC, a escritora também ressalta as complexidades éticas do assunto e comenta que as leis sobre privacidade não contemplam explicitamente o direito à privacidade mental. Uma grande preocupação é o acesso aos dados pessoais pelos governos. Com a vasta quantidade de dados pessoais compartilhada em redes sociais e outros aplicativos, analisada por algoritmos e depois monetizada, as companhias de tecnologia detêm informações muitas informações sobre os usuários.

A popularização de smartwatches (relógios inteligentes) também contribui para a criação de um perfil preciso do consumidor, com os relógios são obtidos dados sobre batimento cardíaco, níveis de estresse, qualidade do sono e muito mais.

O avanço da neurotecnologia, com equipamentos em contato direto com a cabeça, elevam essa realidade. A pesquisadora explica que sensores cerebrais são justamente parecidos com sensores de frequência cardíaca encontrados nos smartwatches ou em anéis que medem a temperatura do corpo quando captam a atividade elétrica no cérebro.

"Por exemplo, se você vê uma propaganda e sente alegria ou estresse, ou raiva, tédio, envolvimento... todas essas reações podem ser captadas por meio da atividade elétrica em seu cérebro e decodificadas com a inteligência artificial mais avançada."

Farahany defende o uso da neurotecnologia, porém com equilíbrio. Ela aborda ao longo de seu livro, contextos em que o monitoramento cerebral poderia melhorar a humanidade e salvar vidas.

Elon Musk, bilionário dono de empresas como Tesla e X (antigo twitter), é um dos empresários a investir no ramo. A Neuralink, uma de suas empresas, quer implantar dispositivos no cérebro para curar doenças como Alzheimer e permitir que pessoas com doenças neurológicas controlem celulares ou computadores com a mente.

 

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