Lewandowski nega pedido de Bolsonaro para declarar Moraes suspeito após gesto de degola

O ministro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) Ricardo Lewandowski rejeitou um pedido do presidente Jair Bolsonaro (PL) e diz que ação busca “tumultuar o processo eleitoral”. Bolsonaro havia pedido que o ministro Alexandre de Moares fosse declaro suspeito após fazer um gesto que simula uma degola na sessão de terça-feira (27), no plenário do tribunal. 

Segundo Bolsonaro, a conduta de Moraes demonstrou "animosidade" e "interesse pessoal" contra ele. Na ocasião, os ministros discutiam a decisão que proibiu o presidente de fazer lives eleitorais no Palácio do Alvorada.

Porém, segundo a colunista do UOL Carolina Brígido, o gesto foi feito para um assessor que tinha demorado para entregar uma informação solicitada pelo ministro. 

Na decisão, Lewandowski cita que o gesto de Moraes não justificaria uma declaração de suspeição de Moraes, uma vez que não tinha relação com o julgamento envolvendo o presidente.

"Vê-se, assim, que o excipiente vem agora nesta exceção veicular alegações completamente destituídas de fundamentação jurídica e, ademais, desprovidas de qualquer demonstração que indique descumprimento do dever de imparcialidade do indigitado magistrado. Nessas circunstâncias, tenho que o objetivo da presente ação é apenas o de criar um fato político com o reprovável propósito de tumultuar o processo eleitoral".